quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Futebol

Não é só um jogo. É aquilo que a gente faz depois de muito aquecimento. Depois de ensaiar as jogadas de palavras ambíguas e pequenas provocações que precedem a partida. Ele só existe com aquela tensão de não saber quem vai atacar e ceder primeiro. E também só é mágico porque não adianta apenas analisar o esquema tático do adversário ou depender do seu. Algumas jogadas ensaiadas podem até funcionar, mas é na improvisação que a mágica e o tesão despontam para o delírio geral.

Futebol é aquilo feito nos lugares mais incomuns. Basta um pouco de espaço e vontade do esporte para iniciar uma partida. E os pés acariciam os campos com suavidade, mas na hora das emoções intensas e batalhas acirradas eles cravam deixando as marcas do espetáculo.

O delíro, a emoção. Cada partida única, sem importar o retrospecto. Os regulamentos falhos, a lógica contrariada. A sensação de estar no topo do mundo, naquele momento em que só importa a peleja. O que acontece no campo é sagrado, e vai marcar os dois times talvez até por gerações. Pois é assim que as boas partidas se consagram.

Ah, o futebol. Pura emoção. Tudo aquilo que a gente faz, em qualquer canto. Com aquecimentos de "dirty talk" e finalizações inesperadas. E, num drible, aos 45 do segundo tempo, você pode ficar desconcertado mas ao mesmo tempo admirado. Mas é assim que a emoção e a expectativa se mantêm. E, quem sabe jogar, apenas fecha os olhos e corre para o gol.

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