Não adiantava mais se esconder, fazer de vítima e chorar. Está tudo acabado. De repente, um refúgio destruído, sem vestígios nem ruínas para reconstruir. A única coisa que havia sobrevivido à devastação era sua alma. Uma alma errante que buscava o conforto enquanto se escondia. A mesma alma errante que chegou àquele novo lugar, triste como um blues e amargo como um gole de whisky. Mas era ali que se encontraria, não queria mais conforto. Queria um lugar como aquele. E que acontecesse o que tivesse que acontecer.
A hora, agora, era de provação. E uma tranquilidade estranha vinha com aquela brisa noturna, sopro de luar. Uma mão invisível o tinha guiado até ali. Apesar do andar natural, ele sabia que não eram apenas suas pernas que o conduziram por aquele caminho. Não tinha portas do passado para fechar. Não tinha mais passado, na verdade.
Novos passos, o blues mais intenso e rápido. Mais pesado. Menos triste. Alguns intervalos, pausas curtas. Whisky sem pedras de gelo. Aquele era o novo ritmo. E o que desse errado, que se juntasse às ruínas antigas. Era hora de virar a página.
Bem vindo meu querido Enzinho :)
ResponderExcluirAdorooo que você está de volta!
ResponderExcluirNovos planos, novos projetos né? Muita sintonia a nossa, também tô começando o ano (mais uma vez) tentando escrever mais... http://vivopraisso.wordpress.com/
Só um exercício para escrever como você um dia ;)
Beijo amore
eu sorri quando soube que voltaria, sorri quando disse que eu seria a primeira a ler e sorri agora, ao ver que muita coisa mudou, sim. mas o talento sempre permaneceu aí, do lado esquerdo do teu peito.
ResponderExcluirme orgulho de ti, me orgulho muito.
e agora que virou a página, acredite: é só recomeçar.
um beijo.