quarta-feira, 1 de agosto de 2012

This broken man

Eu sou o sorriso ingênuo da paixão,
que em lençóis puros consolida o pecado.
E que procura na lua uma resposta para o aperto,
mas só acha nela o refletir de um olhar.

E sou o beijo mais sincero e doce,
repleto de vontade e veneração.
A admiração que empresta brilho aos olhos,
o novo cheiro que perfuma seus travesseiros.

Eu sou quem aceita ser torto e quebrado,
quebrado de curvar-se às chances do destino.
Quebrado por ser um sonho que nunca acabará,
mas que por diversas vezes terá gosto de pesadelo.

Eu sou a chuva que inunda os olhos,
as lágrimas salgadas que acariciam o rosto.
Mas nunca deixarei de ser aquela memória boa,
nem me tornarei menos só porque me fui.

Não importa se faço ou não falta,
contanto que na essência eu ainda saiba.
Saiba que sou quebrado e não tenho conserto,
e estarei por aí aos cacos e remendos.

Eu sou o presente tímido dado com sinceridade,
eu sou o beijo de boa noite com sussurros,
eu sou o sonho vivido e prova de sua existência.

Eu sou uma promessa que vai ecoar inúmeras vezes,
até que um dia finalmente se calará.
Mas, mesmo quando o vil momento chegar,
eu serei aquele grande e imenso vazio.
Um vazio como as peças que me faltam.




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