quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

To chase a feather in the wind

Tudo que quero, agora, é me inebriar de alegria, de estupor. Ter tudo o que importa, tudo e todos, as sensações, a memória e a esperança. A leveza, como acordes flutuando no ouvido, como samba de sussurros, como respiração de poeta. E nessa métrica, mesmo de olhar perdido, mesmo de pensamento sem sentido, a sequência consagra verso, que consagra emoções e momentos; é brinde que se dilui em prazer e coroa o momento da mudança.

Em alguns momentos, é preciso ser leve como uma pluma no vento. Acompanhar cada oscilação sem perder a sustentação, flutuando e dando piruetas enquanto a poeira se agita lá embaixo. A verdade é que é hora de passar por cima de tudo, mas não atropelando. E sim subindo, sem fazer esforço.

Voltando ao solo, você sabe que as coisas vão acontecer. Um momento histórico, velado, aguardado. Uma paz diferente, de confiança, de quem alçou muitos voos e falhou em diversas decolagens. Algo que foi perseguido por tempos, mas só alcançado quando o peso se converteu em leveza e acompanhou uma trajetória tortuosa, mas que, acima de tudo, planou sobre ares de sossego. A pluma no vento, finalmente, pairou.

Um comentário:

  1. uma pena passeando no vento, uma pluma dançando no ar são, para mim, pura poesia.

    mais poesia ainda é a pena que escreve...

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