quinta-feira, 22 de abril de 2010

Mountain of dreams

A janela surpreendeu com aquela paisagem de uma manhã perfeita. Não era só o sol ou o céu azul, era a paisagem como um todo, complementada pelo que havia do lado de dentro da janela. O dia era belo para todos, mas há de ser bonito para enxergar beleza. E, naquele momento, de coração aquecido e sorriso de paz, a plenitude espalhava mágica em qualquer coisa que ele olhasse.

Qualquer dia pode ser ordinário, mas é bom pensar que cada dia tem potencial pra mudar o resto das nossas vidas. E mudar para melhor. Este era um daqueles dias, pois as surpresas boas do mundo estão a nossa espera, espreitando em cada esquina ou entrada de metrô. Ele experimentava aquela sensação única inebriado, curioso para descobrir onde era o limite da grandiosidade de vida. Ansioso para saber o que o destino queria dizer com as coincidências e presentes que trazia consigo.

Por vezes tinha sido difícil compreender a felicidade das pessoas. Mas, naquele dia, ele não compreendia mesmo a tristeza. Em cada detalhe mínimo estava o gosto de viver, a felicidade simples da qual um dia falaram sussurrando no ouvido dele. E parece que foram palavras mágicas, pois, depois daquele dia, ele passou a enxergar. É como se descobrisse uma nova maneira de decodificar o mundo. Além disso, as suas coisas favoritas tornaram-se ainda mais prazeirosas, somadas com tantas coisas que ele nem imaginava existir.

Por fim, ele parou com as reflexões. Queria mesmo era curtir aquele sol, aquele feriado, aquele dia ordinário com potencial para ser especial. E não demorou muito para acontecer: um convite feito e aceito, um encontro marcado. Ela apareceu. O dia, o sol, a felicidade... Ainda que existissem limites para a beleza, ela transcenderia.

2 comentários:

  1. "se eu tiver que morrer, vou morrer pela vida"

    perfect! :3

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  2. A felicidade também não tem limites. E dá pra perceber isso, ao ler um texto desses.

    muitobom =]

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