terça-feira, 2 de março de 2010

Dancing in the moonlight

Tudo começa de uma valsa inacabada. Uma dívida criada por motivos justos, a interrupção do momento para ceder a outro com igual ternura. As mãos se soltaram um pouco antes de perder o contato com os olhos. E um sorriso lindo, antes de se virar, viu um olhar de gratidão e admiração. Sentimentos que só cresceram depois desta dança.

Na verdade, talvez a valsa não tenha sido propriamente interrompida. Inacabada, sim, mas porque a dança ainda está acontecendo. Com a bênção de belo luar, os corpos flutuam em ritmo compassado e suave, num entrosamento como se os dois pensassem a mesma coisa e o elo delicado feito por uma mão sobre a outra fosse inquebrável. E como o mundo orquestra este número, fazendo com que o perfume poético pouse sobre cada passo sutil neste salão que parece deslizar.

A dança segue, com beleza e graciosidade. E a música não dá sinais de que vai cessar. Não enquanto a lua continuar bela, iluminando cada passo pousando seu abraço prateado sobre corpos que se juntam num abraço elegante. A valsa é isso: passos simples tal qual a felicidade. O segredo é continuar no mesmo ritmo, pisando juntos e aproveitando esta sensação de flutuar.

2 comentários:

  1. um melhor do que o outro :)
    como você tem talento, é incrível.

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  2. Amei...como sempre!
    Nota mil, querido.

    beijoo
    Carol Carminatti

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